O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neuroimunomodulação (INCT-NIM) marcou presença na 9ª edição da Feira do Conhecimento (FdC), realizada de 6 a 8 de novembro de 2025, no Centro de Eventos do Ceará. O estande da Fiocruz Ceará foi um dos mais visitados durante os três dias do evento, atraindo centenas de estudantes do ensino médio e universitário, curiosos e famílias interessadas em conhecer mais sobre ciência de forma lúdica e acessível.
Organizada pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), a Feira do Conhecimento é o maior evento de popularização da ciência, tecnologia, empreendedorismo e inovação do estado, com entrada gratuita. Em sua 9ª edição, a FdC reuniu mais de 200 instituições e marcas expositoras, além de uma extensa programação de palestras, oficinas, mostras científicas, experiências tecnológicas, jogos, robótica, astronomia e inovação social.
Ciência e diversão: o aprendizado em forma de jogo
No estande da Fiocruz Ceará, o pesquisador do INCT-NIM e cocoordenador do Centro Pasteur-Fiocruz de Imunologia e Imunoterapia, João Hermínio, juntamente com uma equipe de estudantes e pesquisadores, apresentou três jogos educativos desenvolvidos para aproximar o público dos conceitos científicos de forma criativa.
O primeiro deles foi um jogo do INCT-NIM inspirado no Dobble, em que os participantes precisam identificar semelhanças entre símbolos que representam componentes do sistema nervoso e células imunológicas. “Mais uma vez, o INCT-NIM está presente na Feira do Conhecimento, assim como em outros eventos que a Fiocruz organiza. Trouxemos um jogo de cartas bastante dinâmico, em que os participantes precisam encontrar pares que representam células, órgãos ou processos fisiológicos, como sinapses, timo e anticorpos. É uma oportunidade muito boa de divulgar ciência de maneira divertida, explicando o papel de cada célula ou estrutura”, contou Hermínio.
Outro destaque foi o jogo “Defendendo o Corpo”, desenvolvido pelo Centro Pasteur-Fiocruz de Imunologia e Imunoterapia, que transforma o estudo do sistema imunológico e das vacinas em uma experiência envolvente. “Em um cenário cheio de informações e desinformações, o aprendizado precisa ser mais envolvente e confiável. Pensando nisso, o Centro Pasteur-Fiocruz desenvolveu o jogo didático Defendendo o Corpo, que transforma o estudo do sistema imunológico e das vacinas em uma experiência divertida e interativa”, explicou o pesquisador do Centro Pasteur-Fiocruz, Júlio Ximenes.
“Diante do avanço das Fake News e dos movimentos antivacina, esse jogo surge como uma ferramenta eficaz para combater a desinformação, promovendo o conhecimento científico de forma acessível e colaborativa. Mais do que compreender o sistema imunológico, os alunos se tornam multiplicadores de informação e conscientes da importância das vacinas”, completou.
Por fim, o público pôde interagir com um terceiro jogo, semelhante ao da memória, no qual o participante deve associar doenças aos medicamentos usados em seus tratamentos, abordando três categorias principais: infecções bacterianas, infecções virais e câncer.
“É um jogo simples, mas que estimula o raciocínio e o interesse pela biomedicina. Ele foi criado pelo Protein Data Bank, instituição internacional que disponibiliza estruturas de proteínas para fins educativos. Nós o utilizamos aqui para aproximar os alunos do tema”, explicou Hermínio.
Um espaço de troca e encantamento
Com o tema “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, a Feira do Conhecimento 2025 seguiu a temática da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A proposta foi provocar reflexões sobre o papel dos oceanos na regulação do clima e na preservação da vida, incentivando o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis adaptadas às realidades locais.
Durante os três dias da feira, o estande da Fiocruz recebeu uma grande quantidade de visitantes, especialmente estudantes do ensino médio, que se mostraram bastante curiosos e participativos. “Quase não dava pra transitar, muita gente passou por aqui. A procura foi muito interessante, principalmente dos alunos do ensino médio, que vêm cheios de perguntas e curiosidade. É um público que reage muito bem a esse tipo de atividade interativa”, destacou João Hermínio.
